Ubuntu ("somos todos um") funcionando em Feira de Santana.
Ingrid e Vinícius, que conheço há anos e que me abrigaram em várias passagens por lá, têm um trabalho solidário na periferia de Feira, na Bahia, sincero e afetuoso. Com a pandemia, tiveram que reduzir as atividades, centralizando na arrecadação e distribuição de alimentos, obrigados a suspender todas as atividades coletivas presenciais. Em princípio, pensaram que seria por pouco tempo, mas a pandemia se estendeu e sacrifícios se fizeram necessários pra manter viva a chama da solidariedade. A conversa rolou solta, como sempre, e no final uma chamada à participação, à colaboração e ao apoio na cobertura das atividades que seriam obrigação constitucional do Estado – essa entidade criminosa, dominada por interesses econômicos, que não cumpre sua lei máxima, sua “carta magna”, estatuto de funcionamento de todo o aparato público, a constituição federal. Um trabalho de tapa-buracos em humanidade, buracos deixados pela omissão da sociedade, no descumprimento das obrigações constitucionais.
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